Por aqui nós já falamos muito sobre como gripe, pneumonia e herpes zóster  podem ser doenças perigosas para os idosos. Mas você sabia que a tríplice bacteriana também é muito importante para proteger a vovó e o vovô?

Essa vacina mantém difteria, tétano e coqueluche bem longe. E antes que você pense “Ah, mas a gente nem ouve falar mais dessas doenças”, nós respondemos: justamente por causa da VACINAÇÃO! E cabe a cada um garantir que elas fiquem em um passado (nem tão) distante e não corram nenhum risco de retornar para nossa realidade!

A vacina tríplice bacteriana é feita com as bactérias inativadas, portanto não tem como causar a doença. Os efeitos colaterais em crianças com mais de 10 anos costumam ser os normais de qualquer vacina, como dor de cabeça, reação no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. 

A contraindicação é apenas para quem teve alguma reação a algum componente da vacina em dose anterior. 

Vida longa e plena

Quando falamos em longevidade, não basta viver muitos anos, é preciso que eles sejam produtivos e saudáveis, que os idosos tenham QUALIDADE DE VIDA, convívio social e se sintam úteis, parte de uma comunidade. 

Para isso, algumas atitudes são fundamentais. Dentre elas está a vacina tríplice bacteriana, que se enquadra na prevenção PRIMÁRIA, ou seja, de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), tudo que é feito para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde ANTES que a doença apareça.

Para você entender mais sobre a importância da dTpa, vamos falar um pouquinho mais sobre cada uma das doenças contra as quais ela protege.

Difteria

Essa é uma doença que pode aparecer em qualquer período do ano, com maior incidência no outono e no inverno, já que é respiratória, transmitida de forma semelhante à gripe, por meio de gotículas eliminadas durante a fala, espirro ou tosse, por exemplo, ainda que o doente esteja assintomático.

É mais comum no outono e no inverno porque ficamos mais aglomerados e os ambientes ficam mais  fechados e sem ventilação, proporcionando a proliferação de vírus e bactérias nos ambientes. 

A bactéria vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e causa o surgimento de placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios. Dependendo do tamanho da placa, pode ocorrer dificuldade para respirar; além disso, a bactéria pode levar a insuficiência cardíaca, problemas neurológicos, renais e paralisia.

Em 2010, dez pessoas morreram pela doença no Brasil, um número alto se considerarmos que essa doença é extremamente prevenível com vacina – ou seja, uma brecha na imunização permitiu os óbitos, reforçando a importância da imensa maioria da população estar protegida. 

Tétano

Quem nunca ouviu a avó falar para lavar direitinho um ralado no joelho para não “pegar tétano”? Pois bem, com a vacina isso é praticamente impossível de acontecer – segundo o Ministério da Saúde, os últimos registros foram em lavradores e outros trabalhadores não vacinados.

A doença é muito grave e provoca contrações musculares generalizadas e involuntárias quando os esporos da bactéria atingem o sistema nervoso. Essa bactéria pode produzir uma toxina que se espalha pelo organismo. A pessoa contaminada se contrai involuntariamente, inclusive os músculos respiratórios. O risco de morte é bastante elevado se a pessoa não for tratada com uma série de medicamentos.

Não se pega tétano de uma pessoa para outra. São duas formas de transmissão:

– Tétano acidental – Contaminação de ferimentos externos (geralmente perfurações) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Não se pega a doença somente em metais enferrujados. 

– Tétano neonatal – Adquirido pelo bebê na hora do corte do cordão umbilical devido ao uso de instrumentos contaminados ou durante o tratamento do coto do umbigo, pela aplicação de substâncias infectadas.

Coqueluche

A coqueluche (pertússis), também conhecida como “tosse comprida”, provoca uma tosse seca e com chiado. A maioria dos casos fatais é entre crianças pequenas. A doença pode causar pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e morte. Assim como a difteria, é transmitida de forma semelhante à gripe e ao coronavírus, pelas gotículas expelidas pela fala, tosse e espirros.

Esquema de doses

Trazemos aqui o esquema de doses recomendado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Muitos de nossos idosos tiveram coqueluche, mas a vacina é recomendada mesmo para quem teve essa infecção, já que a proteção conferida por ela não é permanente. Para aqueles que conviveram com mamães amamentando, é preciso considerar o reforço com dTpa cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertússis.

Os reforços com a tríplice bacteriana devem ocorrer a cada DEZ ANOS. Para quem não sabe se foi vacinado ou tem esquema vacinal incompleto, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda uma dose de dTpa a qualquer momento, seguida de uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana, contra difteria e tétano) ou dTpa, dependendo de quantas faltam para completar o esquema de três doses contra o tétano.

Sem deixar para depois

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) diz que muitas vezes a imunização dos adultos é negligenciada, mas não podemos deixar que isso aconteça. Se hoje não temos que conviver com o fantasma dessas doenças tão sérias e que tantas vítimas fizeram no passado, é porque as vacinas são extremamente eficazes.

Idosos e familiares, garantam qualidade de vida se vacinem com a tríplice bacteriana! Se tem alguma dúvida ou sabe que precisa receber a dose, venha tomar um café com a gente! Estamos te esperando!

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