A pandemia de coronavírus ainda não acabou. Por causa da vacinação, o Brasil presenciou uma queda brusca na quantidade de casos de Covid-19 confirmados todos os dias, bem como na de internações e mortes. A variante Ômicron, no entanto, foi rastreada no fim de novembro e vem causando preocupação sobre o cenário atual e dos próximos meses, já que ela é bastante transmissível.
Embora os especialistas apontem que ela tende a causar uma doença menos severa, a Organização Mundial de Saúde é clara: não dá para descuidar, pois a Covid-19 continua causando casos graves e mortes.
Tudo isso acontece bem em meio às férias dos brasileiros. Para deixar você e sua família mais tranquilos e seguros caso estejam planejando fazer as malas e passear, preparamos um material sobre como viajar com segurança durante a pandemia, com base em informações dadas por Siddhartha Sankar Datta, da Organização Mundial da Saúde (OMS)/Europa. Ela é conselheira regional para doenças evitáveis por vacinas e imunização. Também trazemos outras referências científicas.
Confira a seguir cinco perguntas e respostas sobre o assunto.
- Estou vacinado com duas doses ou dose única. Estou seguro?
Primeiramente, é importante ressaltar que nenhuma vacina, contra qualquer doença, tem 100% de eficácia. Além de evitar casos, o principal objetivo dos imunizantes é não deixar que as pessoas fiquem gravemente doentes ou faleçam, e com relação a isso as vacinas contra o coronavírus têm sido bastante eficazes.
Ao que os estudos indicam, a Ômicron tem um certo escape vacinal, mas a proteção fica mais robusta quando a pessoa toma a dose de reforço.
Importante lembrar que, seja qual for a vacina que você tomou, são necessárias algumas semanas para que o organismo tenha o nível máximo de proteção. São pelo menos 15 dias. O mesmo vale para a de reforço, que também é essencial.
De acordo com Siddhartha, qualquer viagem ou atividade que envolva o contato com outras pessoas tem seus riscos, mas estar vacinado e ter esperado o tempo certo para que o organismo desenvolva a proteção diminui bastante a chance de adoecer transmitir o vírus para outras pessoas. A vacina é sempre a melhor opção para ter imunização, como já mostramos neste artigo.
- Estou vacinado. Devo fazer o teste de anticorpos antes de viajar?
Segundo Siddhartha, não é necessário, pois esses testes não determinam com segurança o nível de proteção. Vacinas diferentes levam o corpo a produzir níveis de anticorpos diferentes. Além disso, os anticorpos são apenas uma das formas de defesa do organismo, pois os imunizantes estimulam também a resposta imunológica das células T, o que o teste não consegue pegar.
Além disso, pode ser que uma pessoa com altos níveis de anticorpos contra o coronavírus tenha uma falsa sensação de segurança e deixe de adotar algumas medidas de prevenção, expondo a si e sua família a riscos descenessários.
- Como viajar com mais segurança?
Existem alguns cuidados básicos contra o coronavírus, conhecidos desde o início da pandemia e que devem ser mantidos:
– Se vacine com todas as doses recomendadas para seu público
– Limpe suas mãos frequentemente
– Mantenha uma distância segura de outras pessoas
– Use máscara
– Evite locais lotados
– Prefira locais abertos sempre que possível
– Certifique-se que todos os locais que frequentar estejam bem ventilados
- Devo vacinar meu filho contra a Covid-19 antes de viajar?
Se ele tem mais de 5 anos e já estiver incluído na campanha, com certeza! O governo federal anunciou que começa neste mês a imunização dos pequenos com idade entre 5 e 11 anos. A vacina utilizada contra o coronavírus será a da Pfizer, a mesma com as quais milhares de adolescentes já foram vacinados.
Estudos já demonstraram sua segurança e eficácia nesse grupo e comprovaram que os riscos são muito inferiores aos benefícios que a imunização traz. A miocardite, por exemplo, um dos efeitos colaterais, é muito mais comum quando a criança é infectada pelo coronavírus do que entre os vacinados.
Embora o risco de desenvolver a forma grave da Covid-19 seja menor entre as crianças, ele existe. Além de morrer diretamente pela doença, elas podem ter a Síndrome Pediátrica Inflamatória Multissistêmica, que acomete diversos sistemas do organismo e pode deixar sequelas graves. Esse problema surge depois da infecção aguda pelo coronavírus – geralmente, a Covid-19 é leve e o pequeno começa a apresentar sintomas como febre persistente APÓS vários dias de ter se recuperado da doença, muitas vezes inclusive assintomática.
- O que devo checar antes de viajar?
É importante confirmar se o local para o qual você está viajando, no caso dos destinos internacionais, aceita as vacinas que você e sua família receberam e se as fronteiras permanecem abertas. Além disso, uma vez lá, é essencial seguir todas as regras impostas pelo governo local.
Aqui na Sorocaba Vacinas, podemos te orientar com relação ao certificado de vacinação necessário para viagens, não apenas com relação à Covid, mas também outras doenças. Nossa equipe também está à disposição para tirar qualquer dúvida que você tenha com relação à vacina contra o coronavírus.
Se proteja, proteja sua família, se vacine e tome todas as medidas de prevenção! E boas férias!