A meningite é uma doença infecciosa grave que, no Brasil, ainda representa um dos grandes problemas de saúde pública. Inclusive, ela é considerada endêmica, já que são esperados casos e surtos ocasionais todos os anos. 

Uma das formas mais eficazes de contribuir com esse cenário e evitar o contágio é trabalhar na conscientização e na disseminação de informação confiável sobre as formas de transmissão e prevenção da doença.

O que é e como a meningite é transmitida?

A meningite é uma infecção que se instala no organismo quando um microrganismo consegue vencer as barreiras de defesa do sistema imunológico e chegar até o sistema nervoso central. Mais especificamente, ele ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo e a medula espinhal por isso também o nome da doença. 

Meningite viral

Frequente na primavera e no verão, costuma atingir mais as crianças, porém, pode afetar qualquer pessoa. Em sua maioria, resulta em quadros leves e pode ser provocada por mais de um tipo de vírus.  

Os chamados arbovírus são transmitidos por meio de picadas de mosquitos contaminados. Já nos casos de enterovírus, a transmissão é fecal-oral. Ou seja, pelo contato com pessoas, objetos ou superfícies infectadas e/ou consumo de água e alimentos crus que contenham o vírus. 

Meningite bacteriana

Mais comuns no período de outono inverno, representa a maior preocupação para a saúde pública  pela gravidade dos quadros e alta taxa de letalidade. 

A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) e é mais grave quando atinge a corrente sanguínea, provocando meningococcemia infecção generalizada com manifestações sistêmicas que podem ser potencialmente graves, de rápida evolução e potencialmente fatais. 

Outro tipo que precisa de atenção é a meningite pneumocócica, causada pelo Streptococcus pneumoniae (pneumococo), o mesmo agente que causa a pneumonia; costuma levar à hospitalização e está associada à alta letalidade. Representa risco importante de sequelas neurológicas, como dificuldades para andar e falar, perda auditiva, paralisia cerebral, problemas de fala, epilepsia ou perda de visão 

Grande parte dessas bactérias é transmitida por meio das vias respiratórias (gotículas e secreções do nariz e da garganta) de uma pessoa para a outra. Mas existem outras, como a Listeria monocytogenes e a Escherichia coli, que se espalham pelos alimentos contaminados.  

Sintomas da meningite

A rigidez no pescoço é o sinal mais comum associado à doença em todos os tipos, mas pode não estar presente em alguns pacientes. Assim, outros sintomas incluem: 

meningites virais: febre, dor de cabeça, falta de apetite, náuseas, vômito, irritabilidade e sonolência  
meningites bacterianas:  os sintomas da meningite bacteriana são semelhantes aos da meningite viral e incluem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor de cabeça e no pescoço, fotofobia, convulsão, delírio, coma e, em alguns casos, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. 
 
Os bebês infectados também podem apresentar irritabilidade, vômitos, reduzir aceitação alimentar, sonolência excessiva, gemência, fontanela (moleira) protuberante ou tensa. 

Devido à possível evolução do quadro e à gravidade da infecção, a orientação é que qualquer pessoa procure atendimento médico imediato ao notar sintomas e/ou suspeitar da condição. 

Como tratar e prevenir a meningite?

O diagnóstico é feito por meio da avaliação médica e a realização de exames laboratoriais para identificar o agente causador. 

Nas meningites virais, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente As bacterianas, por sua vez, faz-se uso de antibioticoterapia em ambiente hospitalar. 

A forma mais eficaz de prevenir a doença e evitar complicações sérias de saúde é por meio da vacinação.

Fonte: Care Plus

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