Vacinas

Vacina é ciência! Entenda como elas ajudam a erradicar doenças!

Desde o surgimento das primeiras vacinas, muito se evoluiu. Hoje contamos com diversas tecnologias para fabricar esses imunizantes, como as de vírus inteiros inativados, subunitárias proteicas, recombinantes e as que utilizam DNA e mRNA e vetores virais. 

A primeira vacina de que se tem registro semelhantemente ao que conhecemos hoje, ainda que muito rudimentar, é datada do século 18. O naturalista e médico franco-inglês Edward Jenner desenvolveu um composto contra a varíola, a única doença que acabou erradicada do mundo graças à vacinação.

Ele descobriu que ao inocular uma secreção de alguém contaminado com a varíola em uma pessoa saudável, este indivíduo apresentaria sintomas mais brandos e tornava-se imune à varíola. Ou seja, ficava protegido.

O médico desenvolveu esse composto a partir da varíola que acometia as vacas, pois outra de suas descobertas foram que as pessoas que ordenhavam vacas adquiriam imunidade à varíola humana. A partir daí, surgiu o nome “vacina”, que em latim significa “de vaca”. 

Ciência

Um dos pilares da ciência é certamente a observação – detectar um problema, buscar formas de solucioná-lo (ou evitá-lo, como é o caso das vacinas, que impedem contaminação, casos graves de doenças e mortes) e verificar se este método é mais beneficial do que ônus.

Edward Jenner, nesse sentido, foi um dos grandes cientistas do mundo, mas como ele temos inúmeros. Desde sempre, as vacinas representam CIÊNCIA, portanto. Como dissemos lá no começo do texto, as formas de produzi-las foram se aprimorando ao longo do tempo, assim como o método científico.

Processo científico

Atualmente, para aprovar qualquer imunizante é preciso cumprir várias etapas. A primeira é a pesquisa básica, seguida dos testes pré-clínicos, in vitro e/ou in vivo, em animais. Nunca um composto é diretamente testado em humanos. Essa fase tem o objetivo de demonstrar a segurança e o potencial que a vacina tem de proteger (chamado de potencial imunogênico).

Quando a pesquisa vai para o teste em humanos, são chegados os ensaios clínicos. É o estágio mais longo e caro do processo, composto por quatro fases. 

O primeiro demonstra a segurança; o segundo a segurança e o potencial imunogênico, ambos em grupos reduzidos de pessoas, e a terceira é a mais ampla, antes da obtenção do registro nas agências reguladoras como Anvisa e FDA. A quarta etapa é quando a vacina já chegou à população, mas a farmacovigilância (acompanhar quaisquer efeitos colaterais que não estavam previstos) permanece.

Todos esses processos, desde o primeiro, são acompanhados por agências reguladoras e realizados por empresas certificadas, por universidades, hospitais e centros de pesquisas. Há números mínimos de participantes e resultados que precisam ser obtidos. Ou seja, não é qualquer substância que chega à população. 

Imunidade de rebanho

Cada vacina tem uma indicação específica, mas são um pacto coletivo pela saúde de todos. Quando a maioria de uma população está protegida, o vírus, bactéria ou qualquer outro agente causador de doenças tem menos espaço para circular, e isso protege aqueles que, por qualquer razão, não foram imunizados – por contraindicação da fórmula. 

Essa é a chamada “imunidade de rebanho”. É por isso que a meta de vacinação é sempre alta, superior a 90% dos grupos para os quais cada dose é indicada. Quanto mais gente protegida, melhor para todo mundo. 

Sem medo da picadinha

Deu para notar, pelo que explicamos, que quando as vacinas chegam à população, é porque realmente demonstraram ser seguras e eficazes. Passaram pelo crivo de diversos cientistas capacitados e de agências reguladoras – no caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sendo assim, foi possível identificar a quem cada um dos imunizantes se destina, para quem são contraindicados e os possíveis efeitos colaterais (que são comuns a qualquer vacina, como dor no braço, febre, dor de cabeça…).

Por isso, não precisa ter receio de se proteger. Pelo contrário, nosso medo deve ser ficar SEM a vacinação – afinal, vimos recentemente o que um vírus transmitido sem nenhum controle pode causar, não é mesmo?

Sempre que chegar o momento de receber qualquer dose para a qual você ou alguém da família tenha indicação, não deixe para depois. Garanta a saúde daqueles que você ama e conte conosco para isso!

Fontes: Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Butantan e Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)

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